Legislação e Normativas na Captação de Recursos para Entidades Públicas e do Terceiro Setor

A captação de recursos é uma atividade essencial para entidades públicas e organizações do terceiro setor, permitindo o financiamento de projetos e iniciativas voltadas para o bem-estar social, cultural, ambiental e econômico da sociedade. No entanto, essa atividade está sujeita a um conjunto complexo de leis e regulamentações que visam garantir a transparência, a legalidade e a eficiência na utilização dos recursos captados.

Contexto Legal

No Brasil, a captação de recursos para entidades públicas e do terceiro setor é regida por uma série de leis, decretos e normativas que estabelecem os procedimentos, requisitos e responsabilidades envolvidos nesse processo. Para as entidades públicas, como estados e municípios, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) é uma das principais referências, estabelecendo limites e regras para a gestão fiscal responsável.

Já para as organizações do terceiro setor, que incluem ONGs, fundações, associações e cooperativas, a legislação é mais ampla e diversificada. A Lei nº 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), é um marco importante que estabelece diretrizes para a celebração de parcerias entre o poder público e as entidades privadas sem fins lucrativos.

Diferenças entre Entidades Públicas e do Terceiro Setor

Uma das principais diferenças entre a captação de recursos para entidades públicas e do terceiro setor está na natureza dos recursos e na forma como são geridos.

  • Entidades Públicas: As entidades públicas captam recursos principalmente por meio de orçamentos públicos, repasses estaduais e federais, emendas parlamentares e convênios com órgãos governamentais. A gestão desses recursos está sujeita a uma série de controles e fiscalizações, visando assegurar a legalidade, a eficiência e a transparência na aplicação dos recursos públicos.
  • Terceiro Setor: As organizações do terceiro setor dependem de diversas fontes de financiamento, tais como doações de pessoas físicas e jurídicas, convênios com entidades públicas e privadas, parcerias com empresas, recursos de fundações e agências internacionais, entre outros. A gestão financeira dessas entidades também deve seguir princípios de transparência e prestação de contas, porém, com uma maior flexibilidade e autonomia na aplicação dos recursos.

Desafios e Oportunidades

Apesar das diferenças entre os contextos de captação de recursos para entidades públicas e do terceiro setor, ambos enfrentam desafios comuns, como a busca por fontes sustentáveis de financiamento, a necessidade de fortalecer a governança e a transparência, e a importância de demonstrar resultados e impactos sociais positivos.

Por outro lado, existem oportunidades para aprimorar a legislação e as normativas relacionadas à captação de recursos, incentivando a inovação, a colaboração entre os setores público e privado, e a implementação de políticas e práticas que promovam o desenvolvimento social e econômico de forma equitativa e sustentável.

Conclusão

A compreensão das leis e regulamentações que regem a captação de recursos para entidades públicas e do terceiro setor é fundamental para garantir a integridade e a eficácia desse processo. Ao mesmo tempo, é necessário promover um ambiente legal e institucional que favoreça a cooperação e o engajamento entre os diversos atores envolvidos, visando o alcance de objetivos comuns em prol do bem-estar coletivo.

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